Saturday, November 27, 2010

Nascer/Morrer




Tenho grandes problemas para nascer e morrer.


É difícil tolerar o cansaço e a velhice que vem ao fim do dia, após acelerar e frear incontáveis vezes a cada rosto novo, renascido e marcado para um breve fim. É um dia muito longo para só gostar ou relevar, as esporas desta terra por demais consomem e se agitam. Neste fluxo as ondas quase me passam despercebidas, não fosse pelo meu estomago e minha intuição.

Ao chegar à sala de estar, reluto ao saber da morte eminente. Leito confortável, de renascimento certo, não há nada a temer, mas meu ego preza pela vida construída ao longo do dia, e chora frente à hipótese ser esquecido. A vida velha e de brilho falso me segura, e assim deixo, nunca fui de interromper.
É hora de morrer, então deito.

A vida inunda o quarto, tentando inutilmente rir das ilusões todas, recontar as preocupações de matéria, de volatilidade e a falsa fama imbecil. Sou gentil, deixo. Pobre ego de morte marcada, ela finalmente vem e então tudo se apaga.

Reset.
Tento não nascer. Ao perceber a luz, desvio o pensamento, viro a cabeça, ah, como brilha! Dói nascer, e ter de entender. Quantos lados tem minha cama? Descubro cada um com uma desculpa ingênua e urgente. Não vou nascer!

É hora, tão claro! A vida me toca. Decido que sou e que vou, decido que sofro e que vivo. Vou até a janela, e me lembro que nasci para morrer!

v.g

Thursday, November 25, 2010

Água, brilho e tudo.



turn off the lights? alright, so let's turn off the lights.

Some people can choose what's best and stick to it while others can only know it. Knowing it means glancing and/or instant-reaching it, but not preserving it. The feeling level could be the same at first sight, but it fades like water.

Brigthness can only be to extinguish what's already a fantasy, it is indeed the ‘so-called best’ we’re here to. Such radiation has no opposite force, otherwise we would be considering darkness as something when in fact it’s only the absence of anything at all.

It all boils down to the "all-in-one" or "one-in-all" we were told lives ago, summarizing the whole existence in a potential-lying field, ego-built, which tries to convice us we’re less than just everything.



v.g



Wednesday, November 24, 2010

My little windmill

while I was watching such disgusting cockroach coming closer to my feet, your image started to sink down.


[with the british accent, if u know what I mean.]

é lindo como nem começou e já possui uma nota de falecimento! sempre fui assim com eles, eu apressava e antes mesmo de que notassem, eu já havia rasgado as cartas e apagado as velas. não pude ter nada com você, eu não quis! na verdade, não houve nada que eu pudesse querer mais, mas tive que encerrar o ciclo antes que se abrisse!

não pense você que é fácil..., pular desta forma.
é urgente, é egotico, vem e vai para que outro venha. assim, protegido e afogado na minha própria concha, eu revivo todos as ondas que impedi que se tornassem partículas, só porque tenho medo de toda essa altura.


agora que já terminei, me desculpe. se você pudesse ver o tamanho potencial que tudo tinha, também perdoaria e vibraria para que nada realmente acontecesse.

v.g