
Tenho tido tanta vontade de escrever sobre tudo o que me passa pela cabeça, mas as ideias são tão desconexas e efêmeras que me enjoam.
Pois veja você,
Acordo todos os dias atrasado e nos poucos dias que me disponho a acordar cedo e fazer algo produtivo de manhã, empolgo tanto que perco o ônibus e chego atrasado no trabalho. A tarde segue quente, entre pessoas e mais pessoas, entre caras e bocas, escutando (as vezes sem ouvir) e ouvindo (as vezes sem entender). O celular toca diversas vezes ao dia e entre ignorar ou atender, deixo que aquele exato segundo decida, procuro não opinar.
Talvez seja coisa de sagitariano, essa mania nômade e inspirada de seguir e admirar as horas. Penso que elas não deveriam ser incomodadas ou atrapalhadas pelo peso do futuro ilusório, as deixo acontecer. Talvez, ser sagitariano não explique nada, claro.
Desde que eu decidi que viveria por mim mesmo, as coisas não mudaram nem um milímetro, e não, isso não é ruim. Significa que não importa a postura que você tome, sua dor não sairá no jornal no dia seguinte.
Eu tenho a mania de rodear todos os assuntos, sem ter a coragem de realmente falar sobre eles, e vou me esgueirando até que você tenha esquecido... esquecido de que eu falava de você.
Não quero ter de tomar partido, nem ter de reprimir algo em mim. Quero não julgar meus pensamentos nem desenvolver o hábito de não ser o que quero ser. E isso não é algo que me oponha à sociedade, não tenho comportamento caótico, nem quero criar uma revolução, apenas quero estar livre para enlouquecer, se quiser.